Os desafios da agenda ESG: lógica ou implementação

Artigo: Profª. Paula Chimenti

Quando a Hertz anunciou em janeiro de 2024 que iria abrir mão de grande parte da sua frota de carros elétricos por conta do excesso de custos não previstos e desalinhamento com a preferência dos consumidores, os defensores do campo do ESG pensaram ter sofrido um grande golpe. Seria tal decisão corporativa uma indicação do declínio do ESG, como já vinham alardeando alguns veículos de imprensa desde meados de 2023?

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Voltando para o mundo dos negócios, se alguém argumenta que empresas com score alto em ESG tendem a gerar mais valor para os acionistas, espera-se que isso ocorra de fato. Se essa e outras expectativas, muitas vezes exageradas por conta do próprio hype, não são atendidas dentro do tempo compreendido por um ciclo de investimento, o volume de dinheiro disponível para ESG diminui. Esta é a lógica tradicional dos negócios.

Acreditamos que boa parte das críticas ao movimento ESG estão ligadas a dificuldades de implementação. Aqui vale um comentário paralelo: quem estuda Ciência da Computação aprende a diferenciar lógica e implementação. É fácil confundir uma coisa com a outra e é esse entrelaçamento que parece contaminar o debate. Para entender o que queremos dizer com isso, vale olhar algumas críticas recentes ao campo representado pelo acrônico ESG:

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