Tão diversos quanto sua geografia, que abrange desde o deserto do Saara e a savana até o oceano Atlântico e o mar Vermelho, os países que integram a região do Sahel têm em comum um processo de colonização perverso e extremamente cruel por parte de países da Europa, que expropriaram seus recursos naturais, explorando e desumanizando suas populações.
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Especialistas no assunto falaram sobre as possíveis consequências da adoção de uma moeda própria em detrimento do franco no Mundioka, podcast da Sputnik Brasil.
O professor de finanças do Instituto de Pós-Graduação em Administração (Coppead), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rodrigo Leite explicou que hoje para esses países a adoção do franco tem como consequências déficits na exportação e na estabilidade, que evita processos inflacionários.
“Como qualquer moeda em que você tem uma estabilidade inflacionária, você diminui a possibilidade de expansão monetária do governo. Então você troca estabilidade por diminuição da soberania monetária”, disse ele.
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Uma possível união de países convergindo para uma moeda única, como é o caso do euro, traria riscos, como o sistêmico, mas se desse certo, haveria muitas vantagens, segundo Leite.
“Como bloco eles teriam muito mais do ponto de [vista da] integração e a possibilidade de uma sinergia maior entre as economias, porque teria uma união monetária e uma união aduaneira também. Conseguem ter muito mais força politicamente e de forma internacional.” Entretanto a criação de uma coalizão deve ter visão de longo prazo, alertou.
“A questão é manter esses 14 países como um todo, com uma balança comercial que permita que a moeda não tenha essa desvalorização inicial”, comentou.
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“A depender de como esses países quiserem desenvolver suas economias, isso pode afetar, porque esses países têm uma relação ainda bastante grande com a França, [de] importação e exportação, especialmente importação para a França”, ponderou Leite.
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