O que as galinhas têm a ver com o futuro das empresas

Em contribuição ao Exame., o professor de Finanças e Controle Gerencial, Celso Lemme, analisa toda o impacto da inclusão ESG em empresas.
Contribuição: Prof. Celso Lemme

A agenda ESG tornou-se uma exigência do mercado para as empresas mostrarem adequação aos novos tempos. A responsabilidade socioambiental e ética pode significar a sobrevivência da marca frente a um consumidor cada vez mais exigente sobre de onde vem e como é produzido aquilo que compra, e as galinhas importam aqui, já que o bem-estar animal tem sido uma das estratégias utilizadas pelas empresas para avançar nas pautas.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem atualmente 175 milhões de aves poedeiras no Brasil. O Guia Galinhas, de 2019, elaborado pelo Diálogos União Europeia-Brasil, estima que cerca de 95% delas se encontram em sistemas de criação intensiva.

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O professor doutor Celso Funcia Lemme, do Instituto Coppead de Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), reforça que as discussões sobre ESG estão ganhando cada vez mais força na sociedade por meio das transformações pelas quais o mundo e as gerações de consumidores estão passando.

Ele explica que se nos anos 1980 éramos 4,5 bilhões de pessoas no mundo, hoje somos 8 bilhões – com projeções de chegarmos a 10 bilhões, em 2050. A pressão exercida sobre o planeta para produzir alimentos nos próximos anos exigirá uma nova postura em relação ao meio ambiente e aos modos de produção, e isso impacta o modo como criamos animais.

“Já se discute o manejo destes animais, como isso tem gerado ciclos de pandemias entre aves e suínos. O bem-estar animal tenta endereçar o conceito de saúde única, que diz que a saúde animal, humana e do ambiente é uma só e isso está diretamente ligado ao ESG nos setores que usam animais”, comenta.

O professor, que leciona sustentabilidade corporativa na UFRJ, explica que a crescente preocupação com os animais entre as gerações mais jovens de consumidores adicionou uma qualidade a mais a ser observada no produto, pressionando o mercado por mudanças. “Você sempre teve a qualidade do produto, do processo e da matéria-prima, agora você tem a ética. Qual é a qualidade ética daquilo que eu estou consumindo”.

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