Pergunte a um grupo de pessoas quanto pagariam por um telefone celular de última geração. A resposta virá em segundos, com precisão em relação ao preço de mercado. Em seguida, pergunte quanto estariam dispostas a pagar por 20 minutos de fotossíntese, processo biológico que estudamos no ensino fundamental. Os minutos seguintes serão de silêncio e perplexidade, sem resposta razoavelmente fundamentada. Refletindo e conversando um pouco, chegaremos à conclusão de que a fotossíntese é mais importante do que o celular, pois garante a nossa sobrevivência, convertendo CO2 em O2, essencial para a nossa respiração.
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Uma possível resposta é que ainda vivemos pelos fundamentos da Revolução Industrial do século XVIII. Capital industrial e financeiro são sempre reconhecidos e valorizados; capital natural e humano, nem tanto. Duas perguntas podem ajudar nesta discussão:
- Podemos ter empresas realmente vencedoras em sociedades derrotadas?
- É possível fazer bons negócios em um planeta fragilizado ou devastado?
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Um número bem menor vai se manifestar, embora seja muito útil conhecer estudos como “Drivers of PES Effectiveness: Some Evidence from a Quantitative Meta-analysis” (Legrand et. al., Ecological Economics, 2023). Ele aborda um tema particularmente importante para a agenda ESG do Brasil e das empresas brasileiras, o pagamento por serviços ambientais ou ecossistêmicos (PES), boa oportunidade para liderança internacional brasileira.
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A variedade de métodos não deve criar a ilusão de que a VA como ferramenta para a discussão das questões ambientais tem consenso na comunidade científica. A evolução de qualquer ramo da ciência requer o confronto permanente de ideias e fatos. Importante entender que a valoração ambiental não pretende definir um preço para o meio ambiente, apenas medir preferências humanas em relação aos estados do ambiente, lembrando que valores monetários são uma forma bastante comum e perceptível das pessoas expressarem preferências. Não estamos trocando vidas e ecossistemas por dinheiro.
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