Cenário externo sustenta volatilidade em alta

Em sua coluna no Valor Investe, o professor de Finanças do Coppead/UFRJ, Carlos Heitor, analisou a volatilidade em alta causada pelo cenário externo.
Artigo: Profº Carlos Heitor

Deixar para trás a primeira fase das eleições, uma das incertezas que mais influenciaram os mercados locais nos últimos meses, não vai amenizar as turbulências em outubro. Gestores avaliam que, no cenário atual, os fatores macroeconômicos e geopolíticos externos já ofuscam o pleito brasileiro quando o assunto é impacto sobre os ativos.

O cenário internacional colecionou várias reviravoltas em setembro, o que levou o dólar para o primeiro lugar no pódio dos investimentos no fim do terceiro trimestre. A lista inclui a aceleração da alta de juros pelos bancos centrais de economias avançadas, principalmente, pelo Federal Reserve (Fed, o BC americano), o consequente endurecimento do discurso das autoridades monetárias, uma nova escalada na guerra entre Rússia e Ucrânia e até mesmo a polêmica decisão do novo governo britânico de cortar impostos para impulsionar a economia em um momento no qual a inflação se mostra bem acima e mais resistente que o previsto na Europa.

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Segundo gestores ouvidos pelo Valor, o mercado já não enxerga as eleições como principal foco de incertezas. “Quem está no assento do piloto agora é a inflação global, e o resto é passageiro”, afirma o gestor macro da AZ Quest, André Kitahara. Para Clayton Calixto, especialista de portfólio da Santander Asset, “o principal ponto para a cautela é mesmo o cenário externo”.

Conforme Kitahara, “mesmo com a votação no fim de semana, estou mais preocupado com o mercado externo do que o local, e não me lembro de ter sido assim em eleições passadas”. Segundo o gestor, a inflação americana tem se mostrado mais intensa e persistente do que apostava o mercado até agosto. “A ideia da inflação convergindo para a meta com baixo esforço do Fed perdeu muito da possibilidade de se materializar realmente.”

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