Margarida Gutierrez comenta sobre o futuro da economia brasileira no segundo semestre

Portal: Valor Econômico
Data: 25/03/2020

 

Nível de incerteza é o maior já visto e desafia economistas a projetar cenários

Entre 36 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data, apenas 6 esperam desempenho positivo para a economia brasileira esse ano. Segundo a mediana de projeções, o Produto Interno Bruto (PIB), terá retração de 0,9% em 2020, seguida de expansão de 2,5% em 2021. Economistas destacam que o desenvolvimento da crise do coronavírus impõe um grau de volatilidade nunca antes registrado para projetar cenários, e muitas casas ainda estão revendo seus números.

Integrante do grupo de conjuntura econômica do Instituto de Economia e do COPPEAD/UFRJ, Margarida Gutierrez concorda que o nível de incerteza para fazer projeções é recorde. “Não temos nem modelo para isso”, diz. Segundo Margarida, a principal pergunta no momento, e para a qual ninguém tem resposta, é quanto tempo seremos obrigados a ficar em isolamento social, e quantas empresas vão conseguir sobreviver.

Para a economista, a retomada terá formato de “V” na segunda metade do ano, mas a preocupação é qual será a intensidade do “fundo do poço”. “As empresas estão sem fluxo de caixa. Como vão pagar fornecedores e trabalhadores?”, questiona. Nesse quadro, afirma, as medidas de estimulo são insuficientes para evitar quebradeira geral das companhias.

A economista observa ainda que além do choque de oferta e de demanda já em curso, a covid-19 está gerando crise no sistema financeiro e bancário, uma vez que os preços de vários ativos estão despencando, e os bancos muito provavelmente terão que lidar com perdas financeiras e aumento da inadimplência.

 

Assessoria de Imprensa: Contextual Comunicação

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