Portal: O Globo
Data: 2/10/2020
Renda Cidadã: Após críticas ao governo, veja propostas de especialistas para bancar o programa social de Bolsonaro
Ideias incluem alta de impostos e unificação de benefícios sociais. Planalto já revê uso de precatórios para financiar substituto do Bolsa Família
RIO e BRASÍLIA – Diante da reação negativa de mercado e especialistas, o Palácio do Planalto já estuda fazer ajustes e descartar o uso de recursos dos precatórios como fonte de financiamento do Renda Cidadã, programa que vai substituir o Bolsa Família.
Há indícios também de que o Fundeb deixará de ser uma opção. Novas alternativas estão em estudo pela equipe econômica, que busca algo “mais suave e palatável” para o mercado, segundo interlocutores.
Para especialistas ouvidos pelo GLOBO, há outras saídas, como unificar programas sociais ineficazes, ampliar a reforma administrativa, tributar lucros e dividendos e reavaliar benefícios tributários.
Os economistas sugerem ainda usar recursos de fundos públicos destinados a ações específicas, como o financiamento de ciência, tecnologia e aviação, e aumentar alíquotas do Imposto de Renda e rever as deduções de saúde e educação.
Todos defendem a importância de um programa social que dê continuidade à transferência de renda do auxílio emergencial, diante da crise provocada pelo novo coronavírus.
A proposta do governo de usar recursos de precatórios e verba do Fundeb para o Renda Cidadã foi avaliada por especialistas como um aumento do endividamento e uma flexibilização indireta do teto de gastos (que limita o crescimento das despesas à inflação).
Precatórios são dívidas que o governo contrai após perder definitivamente uma ação na Justiça. A proposta joga para frente o pagamento de parte desses débitos. Na prática, rola a dívida para abrir espaço no Orçamento.
Assessoria de comunicação: Contextual
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