De uma maneira geral há grande dificuldade em distinguir crescimento e desenvolvimento. Porém, o crescimento não está necessariamente associado ao desenvolvimento, seja no aspecto individual ou coletivo.
Uma empresa pode crescer muito, mas não desenvolver novas habilidades para continuar atuando de forma inovadora. Assim, caso surja uma tecnologia disruptiva, tal empresa pode perder mercado e desaparecer rapidamente, mesmo tendo crescido muito (alguém lembra do Orkut?). Isso também vale para bancos. Um banco que cresce muito rapidamente sem processos internos bem estabelecidos, como um modelo de risco robustos, está fadado a enfrentar dificuldades.
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A limitação da avaliação do crescimento como principal medida sucesso econômico pode ser observado de várias maneiras. Por exemplo, imagine que o Brasil tenha um grande crescimento na produção de bens e serviços, mas que mantenha a mesma infraestrutura logística. Caminhões cada vez maiores serão vistos em estradas cada vez mais apertadas e por conseguinte perigosas. Esse esgarçamento logístico aumentará o custo do frete e inevitavelmente resultará em inflação.
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Uma boa notícia é que o debate entre crescimento e desenvolvimento está mais bem resolvido nos estudos sobre sistemas financeiros comparados. O atual consenso na literatura econômica é que o mercado financeiro é um dos motores do crescimento econômico e do desenvolvimento econômico. Para tanto, é preciso avaliar a qualidade do mercado financeiro sob a ótica do desenvolvimento financeiro. Desenvolvimento que virá dos bancos ou do mercado de capitais.
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Em relação ao desenvolvimento financeiro há muito a dizer, mas encerro esse artigo, para retomar no próximo, com um maior detalhamento sobre as melhores práticas de medição do desenvolvimento financeiro. O Fundo Monetário Internacional (FMI) é responsável pela forma de medida mais abrangente que existente.
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