O Plano Real sobreviveria sem o sistema de metas para inflação?

Artigo: Prof. Claudio de Moraes

Antes de 1994, o Brasil enfrentava uma verdadeira crise inflacionária. Os planos anteriores, como o plano Collor e o congelamento do governo Sarney, foram tentativas sem sucesso de combater a crise. Nossa inflação era inercial, persistente, ou seja, a inflação passada (defasada) definia a inflação presente com muita força. Mas todos os planos fracassaram pelo mesmo motivo, falta de continuidade.

Não há dúvidas de que a âncora cambial do Real serviu para dar um choque na inflação inercial de forma mais refinada que o congelamento de preços. Mas, quebrada a inércia, era preciso outro tratamento. Porém, isso se deu de maneira dramática, pois o Real afundara no final do ano de 1998, levando o Brasil a uma crise cambial perigosíssima.

Para nossa sorte, e sorte dos pais do Real, em junho de 1999 começou o que seria o maior caso de sucesso da história monetária do Brasil – O sistema de meta para inflação!!!! Implementado na gestão do Armínio Fraga.

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Ao contrário do Plano Real, que durou menos de seis anos devido à sua âncora cambial insustentável, o Sistema de Metas para Inflação (IT), implementado há 24 anos pelo BCB, é o principal responsável pela quase inutilidade das notas de R$ 100, pois a inflação permanece controlada desde então.

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Hoje o IT funciona como um sistema de regras da seguinte maneira: como parte da governança o Conselho Monetário Nacional (formado pelo ministro da fazenda, presidente do Bacen e Ministro do Planejamento) define a meta e o intervalo da meta que deverá ser cumprida pelo Banco Central.

O Banco Central avalia a inflação dos últimos 12 meses e a expectativa de inflação futura, com base na pesquisa Focus, bem como o cenário econômico para avaliar o grau de juros necessários para levar a inflação à meta.

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