Carlos Heitor Campani concede entrevista sobre a queda do Ibovespa

Portal: Monitor do Mercado 
Data: 22/03/2020

 

Após sucessivas quedas do Ibovespa, distorções de preços começam a ficar claras

Bancos, corretoras e casas de análise de investimentos continuam enchendo caixas de e-mails com mensagens otimistas, enquanto o investidor vê o saldo de sua carteira ir ladeira abaixo. “Compre muita bolsa”; “é a maior oportunidade para investir em ações”; “mantenha a carteira que recomendamos para você”.

A verdade é que ninguém sabe quanto falta para atingir o fundo do poço, mas todos têm certeza de que os preços vão parar de cair em algum momento. Assim como era esperado que o ciclo de altas fosse diminuir, mas ninguém poderia dizer que seria a partir da última quarta-feira de cinzas, com o abalo causado por um novo vírus.
Para o investidor que busca tomar suas decisões de forma consciente, a própria chuva de comunicados dizendo “acalme-se” pode ter efeito reverso, como dizer “não pense num Fusca vermelho”.

E vale lembrar que quase 70% das pessoas que hoje investem em ações chegaram no mercado há 2 anos e nunca passaram por nada parecido com isso.

“Sair do mercado em um mau momento pode significar realizar prejuízos e, o que é pior, se ausentar da recuperação”, afirma o professor Carlos Heitor Campani, especialista em finanças do Coppead/UFRJ.

Para ele, é importante que os investidores se apeguem aos fundamentos das empresas nas quais investem, ou seja, o que aquela companhia realmente faz e qual é a sua capacidade de gerar negócios e valor.

E aí entra também o papel das empresas: Elas precisam compartilhar suas visões de curto, médio e longo prazo sobre cenários possíveis, “de maneira clara e com transparência e ética, focando nos impactos sobre seus fluxos de caixas futuros”, afirma. Assim, os investidores podem tomar suas decisões de maneira bem embasada.

 

Clique aqui e leia uma matéria completa.

Rolar para cima
Rolar para cima