Fatores ESG e valuation: contribuições da pesquisa acadêmica

Em artigo para o Valor Econômico, o professor de Finanças e Controle Gerencial, Celso Lemme, comenta as contribuições da pesquisas acadêmica em ESG e Valuation.
Artigo: Profº Celso Lemme

Executivos e analistas, nas empresas e instituições financeiras, têm pouco tempo para buscar informações fora das suas fontes tradicionais, que tentam resumir e, algumas vezes, simplificar questões complexas e multidimensionais. Sustentabilidade corporativa e análise ESG se enquadram nos desafios de abrangência e complexidade.

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No artigo “ESG and Financial Performance”, publicado em 2015 no Journal of Sustainable Finance & Investment, Gunnar Friede, Timo Busch e Alexander Bassen tentaram, através da revisão de 25 meta-análises e 35 vote-count studies, combinar as evidências de, aproximadamente, 2200 pesquisas. De forma simplificada, o principal resultado foi que o business case do investimento ESG tem bom fundamento empírico. Em torno de 90% das pesquisas indicaram relação não-negativa entre critérios ESG e DFC, com a grande maioria apontando relação positiva.

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Em 2021, a New York University (Stern School of Business – Center for Sustainable Business) e a Rockefeller Asset Management publicaram o estudo “ESG and Financial Performance”. Os autores, Tensie Whelan, Ulrich Atz & Casey Clark, sintetizaram as evidências agregadas de mais de 1000 estudos individuais publicados entre 2015 e 2020. Alguns dos principais resultados foram: 1) relação positiva entre fatores ESG e desempenho financeiro em 58% dos estudos corporativos, com maior clareza em horizontes temporais mais longos; 2) nos estudos de investimentos, 59% com desempenho igual ou superior aos investimentos convencionais e proteção adicional para quedas durante crises econômicas ou sociais.

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No exame dos resultados de pesquisa acadêmica, é importante lembrar que correlação e causalidade são conceitos diferentes, embora muitas vezes confundidos. Se dois fenômenos ocorrem ao mesmo tempo, não podemos concluir que um deles causa o outro, pois outros fatores poderão ser a causa de ambos. Conceitos adicionais, como causalidade reversa e indicador antecedente, também não podem ser esquecidos na interpretação dos resultados.

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