Nos últimos meses, tenho ouvido aqui e ali alguns ex-alunos comentando sobre seus modelos de Valuation e o quanto a divulgação trimestral de resultados vem impactando as recomendações sobre alguns papéis de boa liquidez. Até aí, nada surpreendente. É natural que a divulgação de resultados, quando não alinhados às expectativas dos analistas, impactem suas recomendações, seja para o bem, seja para o mal (mais comumente para o mal).
Mas sabe quando algo não lhe soa muito bem? Pois é, por isso me motivei a escrever este artigo falando de algo tão batido como análise de demonstrações financeiras. Será que todo mundo se lembra para que ela (a análise) serve?
Então, talvez, este artigo não seja para você e não quero tomar seu tempo com algo que, além de soar enfadonho, pode agregar muito pouco ou quase nada ao que você já sabe. Porém, pensando na matriz de risco e você deixar passar uma leitura rápida que possa te ajudar a corrigir algum desvio no processo de Valuation a ponto de melhorar a sua performance…Bem, talvez valha a pena seguir mais um pouco…
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Contudo, é pouco comum que a divulgação de resultados trimestrais altere os cenários de futuro com que se trabalha para determinado mercado. Sim, resultados trimestrais podem (e devem, quando fora de nossas expectativas) alterar nossas expectativas de curto prazo.
Mas, para que resultados de curto prazo afetem significativamente o resultado de uma avaliação, vejo duas possibilidades: ou se está trabalhando com a premissa que o futuro é apenas a repetição do passado mais recente, ou se está trabalhando com uma taxa de desconto muito alta.
Então, discretamente, sugiro que você reflita sobre o quão os resultados trimestrais têm impactado os seus modelos de valuation e por qual motivo. Fica a dica.
*Coordenador do MBA do COPPEAD/UFRJ
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