Os modelos de precificação de ativos trazem respostas confortadoras, não trazem? O que seria de nós, ao avaliar um projeto de investimento, na hora de definir a taxa de desconto adequada ao seu risco? O que seria dos reguladores na hora de arbitrar a remuneração adequada ao permissionário de serviços públicos sem que ela fosse, nem abusiva, nem desestimulante? O que seria dos analistas de M&A sem uma taxa adequada ao valuation dos ativos?
Mas será que tais respostas deveriam nos deixar tão tranquilos assim? Será que em um dos melhores exemplos de “efeito manada” e “profecia autorrealizável” não estamos adotando o CAPM como uma “mentira conveniente”? Será que o rei está nú?
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Tais premissas são:
- Os investidores são racionais e procuram maximizar sua utilidade econômica;
- Os investidores existem em grande número e se comportam de forma competitivas;
- O horizonte de tempo considerado nas expectativas de todos os investidores é o mesmo;
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Na sexta premissa (para alguns a mais forte de todas) esperar que tenhamos todos a mesma visão do futuro, ou seja, que todos acreditemos no mesmo comportamento dos ativos no futuro é como uma pá de cal na credibilidade dos resultados do modelo, não é? Para isto acontecer, no mínimo, precisaríamos ter acesso às mesmas informações.
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Podemos, ainda, colocar em pauta as discricionariedades (usualmente aceitas em seus cálculos) como a escolha do período de análise, os índices representativos das taxas livres de risco e do retorno do mercado, do risco soberanos sem falar na própria escolha do Beta que, em alguns casos, pode recair em um setor ou outro, ou ainda, em uma composição entre eles.
Somados todos esses efeitos (erros) para que serve a taxa de oportunidade calculada?
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