Tecnologias como inteligência artificial (IA) e automação estão entre as que mais transformarão o mundo do trabalho e emprego. Os impactos, entretanto, não serão relacionados apenas a cortes de vagas; as tecnologias servirão como ferramentas colaborativas, inclusive para aprendizado e requalificação profissional.
Uma das mais promissoras é a IA generativa, uma espécie de robô conversacional (o chatbot) capaz de produzir de textos a músicas, imagens e linhas de programação de softwares similares aos criados por humanos. O mais famoso é o ChatGPT, da startup Open IA, ladeado por iniciativas da Microsoft (Bing), Google e outras, capazes de democratizar o uso da inteligência artificial.
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Otavio Figueiredo, do Instituto Coppead de Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro, avalia a tendência para uso por alunos. Mas lembra que a qualidade do resultado está relacionada à capacidade de questionamento e revisão do interessado – inclusive porque, no caso do ChatGPT, a resposta não traz fontes e, sem referência, a informação perde a validade, diz ele. Já o Bing, da Microsoft, traz fontes, mas com resumos para emprego pelo usuário.
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A questão é que se o letramento para codificação pode chegar até a crianças, a partir de quebra-cabeças e discussões éticas, e pode ser fortalecido com educação técnica e profissionalizante, políticas públicas com treinamento, bolsas de estudo ou incentivos fiscais para empresas investirem, além do interesse do indivíduo, devem apoiar a transição de trabalhadores, diz Seabra, que também destaca o Sistema S e a aplicação da Estratégia Brasileira de Inteligência Artificial (Ebia), ainda hoje só no papel.
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