Mercado de Trabalho e Real Estate: “Eu Não Quero Voltar ao Escritório!”

Luís Antônio Dib - Ivesting.com
Luís Antônio Dib – Ivesting.com

Em uma matéria de junho de 2022, o The New York Times comentou sobre a rebelião dos funcionários para voltar a trabalhar nos escritórios das empresas com o fim (ou, vá lá, a “normalização”) da pandemia. O desejo de não retornar tem várias justificativas: cuidar melhor das crianças, o aumento no preço dos combustíveis, eventuais picos de (re-)contaminação por Covid-19, entre outras. Um gerente da NBCUniversal comentou: “Por mais que resmungássemos sobre voltar ao trabalho, todos sabíamos que isso ia acontecer. Mas no segundo momento, em que começamos a voltar, percebemos o quão idiota era”.

O The Wall Street Journal apontou que em áreas urbanas onde as pessoas vivem mais perto do trabalho as taxas de retorno ao escritório foram mais altas. Ou seja, talvez o escritório em si não seja o maior problema, mas sim chegar até ele. Oito das dez cidades norte-americanas com as quedas mais acentuadas na ocupação de escritórios tinham deslocamentos de ida que duravam mais de meia hora, em média, antes da pandemia.

Uma série de pesquisas associam o tempo gasto no translado diário como uma das principais fontes de infelicidade. Agora que a pandemia nos mostrou ser possível se livrar disto, faz sentido tudo voltar a ser como antes? Além do tempo, a falta de conforto das opções de transporte público torna a opção de volta ao trabalho presencial bem menos atraente.

É preciso ressaltar que a grande maioria dos trabalhadores, seja nos EUA, no Brasil ou no restante do mundo, continuou a trabalhar de modo presencial mesmo durante a pandemia. São trabalhadores do setor de serviços e de empregos com baixos salários. Por outro lado, os que puderam trabalhar de modo remoto descobriram as vantagens da flexibilidade em suas vidas. Em janeiro de 2022, uma pesquisa do Pew Research Center apontou que 60% dos trabalhadores remotos queriam

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