A saúde está na forma de viver a cidade, diz Erico Vasconcelos

Contribuição: Prof. Claúdia Araújo

Atuando como cirurgião-dentista pediatra, Erico Vasconcelos se constrangia na hora de passar o orçamento dos serviços prestados para os pais. Seu lugar era outro. Tornou-se cirurgião-dentista sanitarista e integrou as primeiras Equipes de Saúde Bucal no Programa Saúde da Família (PSF) do País, iniciando sua trajetória na relação entre saúde e cidade. Conquistou espaços na gestão estratégica de organizações públicas e privadas chegando a atuar no Ministério da Saúde, o que o fez enxergar outra realidade: um alto índice de ineficiência operacional.

Foi assim que ele despertou para criação do seu negócio – a UniverSaúde, uma smart health focada em capacitar gestores e profissionais de organizações de saúde públicas e privadas. Também professor de cursos de graduação e pós-graduação voltados para a formação de gestores e profissionais de saúde, já colaborou na criação de cursos de Residência Médica e Multiprofissional na Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos (FACISB), Universidade Aberta do SUS – Universidade Federal de São Paulo (UnASUS-UNIFESP), Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), dentre outras ações.

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Em entrevista ao Habitability, ele fala sobre governança e governabilidade, a falta de uma visão ampla, integrada e integral do conceito de saúde e do ser humano em todas as suas relações e, é claro, a relação entre saúde e cidade, tema de sua palestra no Congresso Connected Smart Cities, realizado em São Paulo, nos dias 3 e 4 de setembro. Confira!

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A ineficiência da gestão é um agravante? É possível medir o grau de ineficiência da gestão na aplicabilidade desse recurso que sobra? E é possível melhorar?

Erico Vasconcelos: Tanto é possível medir como há dados a esse respeito na literatura. A partir dos relatórios de auditoria realizados pela Controladoria Geral da União, que avaliou 102 municípios, há um artigo acadêmico que observa como problema predominante a má administração do recurso financeiro aplicado na saúde. Um estudo da Coppead-Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), da professora Cláudia Araújo, mostra que 46% dos recursos do SUS em um dado ano foram desperdiçados em função da má gestão, além dos dois célebres artigos históricos do Banco Mundial e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que mostram o quanto o dinheiro do SUS é aplicado de forma ineficiente no nosso País.

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