As eleições americanas e o comportamento dos mercados

Artigo: Prof. Rodrigo Leite

As eleições presidenciais nos Estados Unidos têm historicamente sido eventos de grande relevância para os mercados financeiros globais. A disputa entre Donald Trump e Kamala Harris, que está tecnicamente empatada com probabilidade de 50% de vitória para cada candidato, apresenta um grau de incerteza bastante elevado. As incertezas que cercam uma eleição desse porte, especialmente quando se trata de dois candidatos com visões econômicas bastante distintas, contribuem significativamente para a volatilidade dos mercados.

A volatilidade no mercado de ações é influenciada por uma série de fatores, como a política monetária, as taxas de juros, as perspectivas orçamentárias e as políticas fiscais. Durante um período eleitoral, especialmente em uma eleição tão polarizada como a de 2024, a incerteza sobre a direção que o país tomará afeta diretamente a confiança dos investidores. Quanto maior a incerteza, maior a volatilidade, já que os investidores tendem a reagir rapidamente a qualquer notícia ou desenvolvimento relevante, como foi o recente caso dos debates nos EUA, onde Harris teve um desempenho muito bom, enquanto Trump teve um desempenho aquém do esperado.

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Para o Brasil, uma reeleição de Trump pode ter impactos diversos. Por um lado, a continuidade de uma política de baixa regulamentação e incentivo ao crescimento econômico dos EUA poderia ser benéfica para as exportações brasileiras, especialmente commodities. No entanto, tensões comerciais e possíveis protecionismos setoriais podem prejudicar o fluxo de comércio, afetando negativamente setores exportadores, como o de produtos agrícolas e metalúrgicos.

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Para o Brasil, a vitória de Kamala Harris poderia representar um novo foco na política comercial americana. A pauta ambiental defendida pelos democratas poderia impactar setores como o agronegócio brasileiro, principalmente em relação ao desmatamento da Amazônia, que tem sido um ponto de atrito nas relações entre os dois países. Além disso, um eventual aumento das regulamentações ambientais nos EUA poderia afetar o setor de energia fóssil, o que teria repercussões diretas sobre empresas brasileiras exportadoras de petróleo.

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