Medir o sucesso no trabalho nem sempre é algo palpável, mas estabelecer indicadores podem direciona o profissional a enxergar melhor em que momento da carreira ele se encontra e como alcançar novas conquistas. E essa mensuração pode acontecer de diferentes maneiras, variando de pessoa para pessoa ou de contexto para contexto. É o que explica Izabela Mioto, professora convidada da Fundação Dom Cabral.
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A professora do Coppead/UFR] e especialista em liderança, desigualdade e gestão de pessoas Liliane Furtado, explica que os indicadores de carreira têm duas funções: o que chamamos “avaliações autorreferentes”, por meio das quais os trabalhadores comparam seu sucesso atual com suas aspirações pessoais, realizações passadas, objetivos e expectativas futuras. E, ao tangibilizarem e padronizarem a medição de sucesso na carreira, os parâmetros também viabilizam “avaliações externas”. “Isso significa que os indivíduos, meio desses indicadores, tornam-se capazes de avaliar por e comparar sucesso profissional em relação a algum padrão externo, como de colegas de trabalho, supervisores, mentores ou familiares”, explica.
É uma métrica relacionada ao sucesso que possibilita a auto-avaliação sobre a eficácia dos esforços e estratégias de carreira. Com isso, diz Furtado, os profissionais vão poder ter clareza sobre os resultados já alcançados e avaliar os passos futuros e as estratégias para continuar progredindo.
“Vale destacar que no contexto de carreiras não tradicionais (por exemplo, carreiras sem fronteiras ou carreiras proteanas, que são aquelas caracterizadas pela flexibilidade, adaptabilidade e autodireção), os indivíduos são os principais responsáveis pelo gerenciamento e consequentemente sucesso na carreira. Para isso, estabelecer metas a partir dos indicadores ajuda nessa gestão da carreira”, pontua Furtado.
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Por isso, Furtado chama atenção para a mudança no estabelecimento de indicadores. A especialista ressalta que a carreira hierárquica, linear, com etapas de progresso bem definidas e posições hierárquicas facilmente identificáveis já não é o modelo mais frequente e assim, indicadores objetivos podem não ser apropriados.
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Trabalhar em atividades e funções que vão ao encontro dos valores pessoais pode levar a um aumento da satisfação no trabalho, motivação e do bem-estar geral, importantes aspectos do sucesso subjetivo na carreira, explica Furtado. Além disso, quando o trabalho está alinhado com os valores pessoais, as pessoas experimentam um forte sentimento de realização e propósito. Isso cria uma maior conexão com o trabalho e percepção de significado no que se faz, influenciando diversos resultados do trabalho que são apontados como determinantes para o sucesso na carreira, como por exemplo o desempenho, detalha a especialista.
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