Alta turbinada por emprego e transferência de renda

Participação: Profª. Margarida Gutierrez

Oconsumo das famílias, que responde por cerca de 60% do PIB, surpreendeu positivamente os analistas. Com alta de 1,1% no terceiro trimestre frente aos três meses anteriores, acelerou a expansão: entre maio e junho, avançara 0,9%. Para a professora da Coppead e do Instituto de Economia do UFRJ, Margarida Gutierrez, o consumo das famílias foi “a vedete do PIB”:

—A expansão do consumo das famílias tem a ver com a redução dos juros, o projeto Desenrola (de renegociação de dívidas do governo), o mercado de trabalho resiliente, o estímulo ao consumo e as políticas de valorização do salário mínimo e de transferência de renda. O consumo foi a vedete do PIB.

(…)

— O mercado de trabalho aquecido neste ano, junto com aumento real do salário mínimo, contribuiu para um consumo mais forte.

(…)

Margarida Gutierrez afirma que o crescimento do PIB no ano que vem deve diminuir de 3% para entre 1,5% e 2%. Para ela, os fortes estímulos fiscais não devem se repetir. Os gastos do governo cresceram quase 8% acima da inflação, e o mercado de trabalho começa a exibir sinais de desaceleração.

—Temos que ver também como ficará a inflação. Este ano, houve uma grande desinflação de custos, principalmente agropecuários. Mesmo com a inflação dos serviços comportada, ela está rodando em torno de 5% e pesa 35% do IPCA. Ano que vem, esses fatores não vão estar presentes — afirmou Margarida. (Colaboraram Cássia Almeida, Luana Reis, estagiária sob supervisão de Danielle Nogueira, e João Sorima Neto)

“Vemos uma resiliência muito grande do consumo das famílias. Nos últimos três trimestres, ele cresceu em torno de 1%”

Acesse o artigo na íntegra clicando aqui.

Para mais notícias clique aqui.

Rolar para cima
Rolar para cima