Na minha última coluna, apresentei como funciona o contrato de swap de taxa de juros. Apenas relembrando o leitor, quando uma parte compra um swap DI x Pré, por exemplo, está comprada na taxa flutuante (CDI) e o passivo é representado pela taxa pré-fixada. Frequentemente, empresas compram esse tipo de swap porque possuem uma dívida indexada ao CDI e querem se proteger contra uma possível subida dos juros, ou seja, a empresa está realizando um hedge para a flutuação da taxa de juros. Isso é muito comum no mercado corporativo, até por questões de planejamento financeiro em termos de fluxo de caixa. Vimos também que o valor inicial (t=0) de um contrato de swap é zero, de forma que não há desembolso (operação “sem caixa”) de nenhuma das partes. Entretanto, conforme o tempo vai passando, isso muda de forma que o apreçamento do swap (marcação a mercado) deve ser realizado. Há no mercado duas abordagens muito utilizadas no valuation de swaps: 1) Abordagem por Títulos; 2) Abordagem via FRA (Forward Rate Agreement). A primeira foi apresentada na última coluna. A ideia do presente texto é apresentar a segunda abordagem e mostrar que o resultado encontrado é o mesmo. Porém, antes de voltarmos na marcação a mercado dos swaps, cabe apresentar brevemente como funciona o contrato de FRA.
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Agora que os conceitos de FRA e flat forward foram abordados, podemos voltar a questão do valuation de swap de taxa de juros. Vale (BVMF:VALE3) relembrar o exemplo dado na última coluna. O exemplo dizia que uma empresa realizou um swap há algum tempo, que paga CDI e recebe 6% ao semestre de juros. O notional era R$ 200 milhões e o contrato venceria em quinze meses. Supomos também que o último pagamento de juros ocorreu três meses atrás e que nesse momento o DI de 6 meses era 10,2% a.a. Como o último fluxo ocorreu três meses atrás, o próximo ocorrerá em 3 meses para a frente, depois em 9 meses e por último em 15 meses, pois os pagamentos e recebimentos ocorrem semestralmente. Portanto, precisamos saber na data de hoje o DI de 3, 9 e 15 meses. Supomos que sejam 10%, 10,5% e 11% a.a., respectivamente.
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Sendo assim, a marcação a mercado desse swap reflete em um valor líquido de R$ 3,92 milhões (R$ 33,38 menos R$ 29,47) para o vendedor do contrato de Swap DI x Pré e um valor negativo de R$ 3,92 milhões para o comprador do swap. Caro leitor, caso tenha ficado qualquer dúvida em relação aos conceitos apresentados ou sobre os cálculos desenvolvidos, não hesite em me enviar uma mensagem para os devidos esclarecimentos. Até a próxima!
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