O dilema da Margem Equatorial: entre o petróleo e a preservação ambiental

Contribuição: Profª. Gláucia Fernandes

Considerada uma nova fronteira petrolífera, a Margem EquatorialCotação de Equatorial – que vai do Amapá ao Rio Grande do Norte e inclui as bacias marítimas da Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar – está no centro de uma grande polêmica nacional. Trata-se do desafio de compatibilizar a exploração de petróleo e gás com preservação ambiental em uma região especialmente sensível como a Amazônia.

O Ministério de Minas e Energia (MME) entende a exploração na Margem Equatorial como estratégica para a segurança energética do país, uma vez que a produção do pré-sal, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), entrará em declínio a partir de 2030. Para o MME, a Margem Equatorial tem potencial para atrair R$ 280 bilhões em investimentos, gerar 350 mil empregos e participações governamentais superiores a R$ 1 trilhão, com produção que pode ultrapassar um milhão de barris por dia.

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Para a professora Glaucia Fernandes, da Coppead/UFRJ, a liberação da licença para perfurar na bacia da Foz do Amazonas pode prejudicar a imagem do Brasil no exterior, em um momento em que o país busca reafirmar sua liderança ambiental com a realização da COP30 em Belém. “O Brasil tem sido visto como um ator-chave na preservação da Amazônia e no combate às mudanças climáticas”, diz.

Por isso, a exploração de petróleo em uma região ecologicamente sensível, ressalta ela, pode ser percebida como um retrocesso. “Geopoliticamente, pode enfraquecer a posição do país em negociações climáticas globais”, acrescenta.

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