Rio: 54,9% dos consumidores começaram 2024 com dívidas

Contribuição: Prof. Raphael Moses

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Conforme esse levantamento feito pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises, que não considera aquelas despesas regulares, que chegam todo mês, conta de luz, de telefone, de condomínio, mas trata especificamente dessas despesas de início de ano, o que a gente vê na região do Grande Rio é um reflexo do comportamento do brasileiro, que não tem uma cultura de educação financeira, já que isso não é ensinado nas escolas.

Olha só, em relação a quem respondeu essa pergunta na região do Grande Rio, 54,9% das pessoas disseram já ter começado o ano com essas despesas para darem conta, 65,3% admitiram não terem guardado dinheiro para essas contas de início de ano, enquanto uma minoria, 34,7%, é que fizeram caixa para essas despesas.

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E aí, sobre o assunto, eu conversei com o Raphael Moses, que é professor do Instituto de Pós-Graduação em Pesquisa e Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ele não só destacou a importância da gente separar esse dinheiro a mais que chega no final do ano para as contas de início de ano, como ele falou também do quanto que é importante, caso seja possível, fazer uma reserva de dinheiro por causa de situações atípicas que fogem ao nosso controle, que podem acabar ocorrendo e demandando que a gente dê conta desses gastos, como por exemplo, demissão e casos de doenças também. Vamos acompanhar o que é que ele disse sobre o assunto.

“ Então, pagar à vista faz muito sentido, desde que, obviamente, você tenha o dinheiro. Então, a dica que eu dou para as pessoas é que no início do ano você liste todas as suas receitas, todos os seus gastos, inclusive esses gastos extras, mês a mês, e você separe um percentual ali mensal para quando chegar nesses pagamentos extras você ter o dinheiro para honrar esses compromissos. Se possível for que você faça uma reserva de emergência, as pessoas não pensam em problemas, coisas inesperadas podem acontecer. A gente não tá livre de ter alguma doença ou perder o mesmo emprego, então assim, eu acredito que seria interessante que as pessoas pensassem numa reserva de pelo menos três a seis meses.”  – Raphael Moses, professor do COPPEAD/UFRJ.

Matéria veiculada no programa Conexão GloboNews, transmitido no dia 30/01/2024.

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