“Prévia da inflação” sobe 0,31% em janeiro

Contribuição: Prof. Raphael Moses

A prévia da inflação oficial veio abaixo das projeções dos economistas. Ficou em 0,31% em janeiro e desacelerou em relação a dezembro. E o que isso quer dizer na prática para quem vai no supermercado?

(…)

A gente conversou com o economista, ele explicou para a gente que agora, pelo menos até março, a gente deve observar janeiro fechado. E também em fevereiro. Até chegar março, há uma pressão ainda dos alimentos, principalmente por causa de fatores climáticos. Chove muito, faz seca em alguns lugares, então isso acaba prejudicando um pouco a produção agrícola. A gente ainda vai observar uma pressão dos alimentos nesse comecinho de ano.  A partir de março deve dar um pouco mais de folga. Outros itens devem ter uma certa estabilidade, o que não deve provocar uma variação muito grande na queda dos juros. 

Ele acredita que a Selic continua sofrendo, deve continuar sentindo diminuições por decisão do Banco Central, mas que isso não deve mudar muito de patamar. A gente deve continuar observando uma política do BC parecida com o que a gente viu até agora. Vamos ouvir um pouco do que ele falou:

Até, eu diria, fevereiro e março a gente vai ver um impacto expressivo nesse grupo de alimentos, mas é de se esperar que a partir de então haja uma menor pressão nesse grupo. Mais resultados vieram muito em linha do que já era esperado, os núcleos vieram em linha. Por isso, inclusive, que eu não acredito em cortes mais agressivos na SELIC. Então, eu acredito que o Banco Central vai manter a linha de corte de 50 base points nas próximas três reuniões, principalmente. O que abre margem da gente esperar uma SELIC no final do ano entre 9% e 9,5% no ano.– Raphael Moses, professor do COPPEAD/UFRJ.

Matéria veiculada no programa Conexão GloboNews, transmitido no dia 26/01/2024.

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