Contribuição: Profª. Claudia Araújo
No último dia 18 (18/06), a professora Claudia Araújo contribuiu em matéria para a Revista Rio sobre doação de órgãos no Rio de Janeiro, participando da programação oficial da EBC. Confira abaixo alguns trechos da reportagem.
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“Você pode explicar melhor pra gente a importância, a relevância de ouvir os profissionais da saúde quando o assunto é transplante e a doação de órgãos?”
Claudia Araújo: “Com certeza! É muito importante o papel dos profissionais que estão nos hospitais, principalmente nas emergências e nas CTIs dos hospitais porque é onde ocorre, geralmente, a morte encefálica por questão de algum acidente grave. Esses profissionais, eles estão ali responsáveis por cuidar daquele paciente que entrou em estado grave que pode evoluir para morte encefálica, sendo um potencial doador de órgãos. É importante também a gente ter em mente que essas decisões de doação ocorrem num momento de imensa dor para os familiares, porque geralmente são acidentes, situações repentinas e você tem um ente querido que entrou em morte encefálica.”
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“Quando a gente olha para essa pesquisa, como é que você começa a perceber intervenções importantes, necessárias, possíveis nas políticas públicas? Claro! Imagino que sejam muitas questões, mas o que te chama atenção particularmente que já poderia indicar para a gente medidas, projetos, programas, intervenções políticas?”
Claudia Araújo: “Você trouxe um um tema extremamente importante quando a gente fala de doação de órgãos que é a empatia – conhecer a história dessas 78.000 pessoas que estão na fila. E um dos resultados do estudo também indicou isso. Que as pessoas que conversam mais, conversam com seus familiares sobre o tema têm uma atitude mais positiva. Então, respondendo à sua pergunta, é fundamental que a política pública foque na formação desses profissionais, ensinando sobre o procedimento, explicando a importância, contando realmente. A gente tem uma diversas associações de pacientes transplantados e de pacientes em fila que podem dar seu depoimento, se aproximar dos hospitais narrando a sua história. […]
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