Em um congresso internacional recente, acompanhei um painel que reunia quatro dos principais pesquisadores de liderança das últimas décadas. Juntos, eles estavam reunidos para conversar sobre o estado da arte da pesquisa em liderança e fazer um balanço dos avanços e limitações existentes no conhecimento científico acumulado ao longo das últimas décadas.
Uma das perguntas proposta pelo mediador do painel, de certa forma esperada, questionava os estudiosos sobre o futuro dos estudos e investigações acadêmicas sobre liderança. Além disso, ele ressaltou as grandes mudanças que vivemos enquanto sociedade e os impactos gerados no domínio do trabalho.
Haverá liderança no futuro?
Se a pergunta proposta não se mostrava surpreendente, a resposta trazida chacoalhou muitos dos presentes. Ao invés de falar sobre o futuro da liderança, os estudiosos devolveram a pergunta questionando se haverá liderança no futuro. É verdade que havia um pouco de provocação na colocação, até porque mesmo no mais extremado cenário de futuro imaginado é difícil pensar em organizações sem líderes. Mas essa provocação teve por objetivo inaugurar um movimento que a literatura internacional tem nomeado como “leadership avoidance” ou evitação da liderança.
Em termos conceituais, a evitação da liderança é um fenômeno no qual indivíduos com potencial para e/ou a oportunidade de assumir uma posição de liderança. No entanto, intencionalmente evitam esses papéis ou responsabilidades. Embora a falta de desejo de assumir cargos de liderança em uma organização não seja algo novo, em certa medida, é até mesmo necessário. Afinal, não há espaço para todos serem líderes.
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