O escândalo das Americanas e o Papel da Auditoria

Em artigo produzido ao Investing.com, o professor Rodrigo Leite, argumenta sobre o papel da auditoria mediante situação da Americanas.
Artigo: Prof. Rodrigo Leite

A atividade de auditoria é essencial para garantir a transparência e a eficiência das informações financeiras de uma empresa de capital aberta (negociada em Bolsa de Valores). Caso contrário, terceiros teriam extrema dificuldade para acreditar nos números financeiros de uma empresa aberta. No entanto, a auditoria também pode ser suscetível a fraudes. Isso ocorre porque os auditores podem ser influenciados por pressões externas, como a expectativa de receber uma promoção ou a ameaça de perder o contrato com a empresa auditada. Tendo em vista que o custo da auditoria é pago pela auditada existe um grande conflito de interesse entre a auditoria e a auditada. Além disso, podem ocorrer outros conflitos de interesse quando o auditor tem conexões com a empresa auditada. Por isso, é importante que os auditores sigam rigorosamente as normas éticas e tenham independência em relação à empresa auditada, o que é difícil na prática.

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Esse parece ser um cenário que guarda semelhança com o que ocorreu com a PwC no caso das Americanas (BVMF:AMER3) no Brasil. Ao que tudo indica, as operações de risco sacado da empresa não foram contabilizadas corretamente, o que deveria ter sido verificado no curso da auditoria. É de se ressaltar que não é papel da empresa de auditoria avaliar se existem fraudes na empresa, mas sim de confirmar que as demonstrações financeiras representam a realidade econômico-financeira da auditada, o que no caso das Lojas Americanas (BVMF:LAME4) com certeza não representavam.

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A auditoria independente muitas vezes não tem a sua independência garantida, devido aos conflitos de interesses já citados. Enquanto esse problema não for resolvido todos os investidores, e consequentemente, a sociedade como um todo, irá sofrer com as consequências de auditorias de baixa qualidade.

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