A taxa de desocupação no Brasil foi de 8,5% no trimestre móvel encerrado em abril de 2023. A variação de 0,1 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, de novembro de 2022 a janeiro de 2023, demonstra estabilidade no índice, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quarta-feira (31/5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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O professor da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis da Universidade Federal
do Rio de Janeiro (UFRJ) Raphael Moses observou que o mercado esperava que a porcentagem
fosse mais alta. “Historicamente, o trimestre móvel de fevereiro a abril costuma apresentar esse padrão, devido ao aumento da população desocupada, que ocorre principalmente pelo encerramento de contratos temporários firmados no final do ano. Analisando esse resultado de forma isolada, poderíamos pensar que as pessoas que tiveram seus contratos encerrados foram, então, absorvidas pelo mercado de trabalho, o que seria ótimo para o país”, disse Moses.
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O professor da UFRJ chamou a atenção para a população fora da força de trabalho, que cresceu 1% no trimestre. O grupo define aqueles que não estão trabalhando nem em busca de emprego. Segundo o especialista, é provável que as pessoas dispensadas após o término dos contratos temporários ainda não estejam buscando novos empregos. Com isso, elas não entram na estatística do desemprego. Moses acrescenta, ainda, que é cedo para confirmar mudanças no cenário geral do país. “A partir dos dados divulgados pela PNAD, é muito prematuro afirmar que a economia esteja se recuperando. A meu ver, a recuperação da economia e a volta dos investimentos das empresas dependem bastante da redução da taxa básica de juros do país e de consequente estímulo na concessão de crédito”, avaliou
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