As crises bancárias têm algo em comum. Problemas que se acumulam e repentinamente explodem. Isso porque, desde o advento da intermediação financeira, aprendemos que bancos que intermediam de forma acelerada têm problemas. A cultura de intermediação (crédito e captação) demanda tempo, e um banco que cresce rápido tende a pular etapas importantes na construção de uma cultura de crédito. Embora a intermediação financeira aumente a eficiência econômica, ela também pode levar ao risco sistêmico, devido ao maior volume de negócios, portanto há paradoxo que precisa ser resolvido, o paradoxo da intermediação.
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Um outro ponto importante da intermediação é a ordem da intermediação, ou seja, o que causa o quê. Em geral, os bancos emprestam e depois vão buscar recursos para repor sua liquidez. Isso significa que os bancos são transformadores de maturidade, o que os torna suscetíveis a corridas bancárias em cenários de desconfiança. Tudo indica que os varejistas também são suscetíveis a esse tipo de corrida e o pior é que a desconfiança contagia.
Falta ainda um aspecto a ser explorado: o poder da comunicação em setores frágeis, como financeiro e varejista, submetidos ao paradoxo da intermediação. A literatura destaca que a divulgação voluntária de informações deveria ter um efeito positivo na liquidez do mercado, sugerindo que os investidores valorizam a transparência e a divulgação de informações adicionais.
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Em conjunto, os artigos mostram que a divulgação de informações financeiras pelas empresas é fundamental para a transparência e eficiência do mercado financeiro. Portanto, com base na literatura, era de esperar que a comunicação produziria sempre ganhos para o mercado e para os acionistas minoritários.
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