“É preciso propiciar uma transição no consumo.” Sem isso, de acordo com Cláudio de Moraes, professor de macroeconomia e finanças do Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro, não adianta ter mais eficiência energética. Esta questão, também de acordo com acadêmico, está diretamente relacionada ao modo como os espaços urbanos e rurais são utilizados e podem ser reestruturados.
Cláudio de Moraes analisou os esforços do Brasil para reduzir as emissões de gases poluentes, avaliou o foco dos bancos centrais em projetos relacionados à transição energética e explicou a importância das instituições financeiras no combate às mudanças climáticas. Leia a seguir a entrevista completa.
Como as instituições financeiras podem alavancar o combate às mudanças climáticas?
Essa questão está diretamente ligada à aquisição de ativos que tenham um impacto ambiental menor. São dois tipos de ativo, os green bonds, ou seja, títulos de dívidas emitidos por empresas que seguem padrões de sustentabilidade, e green credit, crédito ligado a determinados setores econômicos. A metodologia do International Finance Corporation, do IFC, do Banco Mundial, define bem setores econômicos, seus impactos ambientais, existem setores mais Brown, setores mais Green.
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