Reter talentos por uma abordagem sistêmica ou disputar?

Em artigo ao RHpraVOCÊ, a professora de Marketing e Negócios Internacionais, Samantha Broman, dialoga formas de manter e reconhecer talentos.
Artigo: Samantha Broman

A possibilidade de aumento salarial e de benefícios continua tendo um grande peso na hora que o profissional decide trocar de emprego. As ofertas materiais (que, agora, incluem a possibilidade do trabalho hibrido) permanecem como forte fator de atração a bons profissionais, o que alimenta uma ‘inflação salarial’(1) e dificulta os planos de retenção. Uma pesquisa global feita em 2022 com cerca de 34 mil trabalhadores ratifica essa informação. Nela, 45% responderam que “querem um salário maior”, enquanto 22% se declararam descontentes com a função atual. 

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O recente artigo Rethink your employee value proposition, publicado em fevereiro de 2023 na HBR, reforça que essas ofertas relacionadas com remuneração, recompensas e condições físicas de trabalho, chamadas como  ‘ofertas materiais’ para atrair talentos podem ser uma armadilha, pois elas são fáceis de serem imitadas pela concorrência. 

Atrair e Reter são movimentos geralmente ditos em conjunto, porém, nessa batalha (curto versus longo prazo), podem acabar concorrendo entre si. A respeito da retenção, se as iniciativas forem isoladas, cascateadas e/ou oferecidas uma a uma, elas perdem a força. 

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Muitos talentos acabam se sentindo encapsulados por gestores que não querem nem conversar sobre perspectivas de mobilidade de carreira (como a equipe  está batendo/superando metas, esses gestores não querem perdê-los). Outros talentos se depararam com processos decisórios confusos e lentos. (4) Outros ficam insatisfeitos com a forma que a empresa está conduzindo sua Responsabilidade Corporativa Social e Ambiental na atualidade. Quando o talento não está engajado, o radar do ‘mercado’ o captura novamente, com uma nova proposta salarial atrativa (outra disputa). 

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Então, os esforços de ‘Retenção’ merecem ser tratados tanto sistemicamente, como continuamente, considerando que anseios dos talentos são dinâmicos?  Podem ser afetados por políticas prol das diversas partes interessadas (sociedade e ambiente), não apenas voltadas para os acionistas? Requerem que o espaço seguro para o diálogo não se limite à fase das entrevistas de seleção? 

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