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Um dos impactos positivos é no combate à inflação. “Uma moeda [o real] forte reduz a pressão da alta nos preços”, explica Lívio Ribeiro, pesquisador sênior do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). O motivo é que importar acaba ficando mais barato em reais e o impacto dos preços elevados das commodities fica menor, uma vez que a cotação de referência destas é em dólar.
Nos 12 meses encerrados em maio, o IPCA – a inflação oficial e que é calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – acumula uma alta de 8,06%, a maior desde setembro de 2016. A projeção do mercado financeiro, no relatório Focus, do BC, é de que o ano termine com uma alta de 5,97%.
“Agora, a cotação do dólar pressiona menos o IGP-M e, por consequência, os reflexos sobre o IPCA são menores”, afirma o professor de finanças do Instituto de Pós-graduação e Pesquisa em Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppead/UFRJ), Rodrigo Leite.
Algumas cadeias produtivas que podem ser favorecidas com esse movimento são as de derivados de petróleo, etanol, trigo e soja. “Ajuda a tirar a pressão existente sobre os preços”, diz o economista-sênior da Tendências Consultoria, Silvio Campos.
Quem também se beneficia com fortalecimento da moeda brasileira, aponta o professor da Coppead/UFRJ, é quem está com planos de viajar para o exterior. Mas estes ganhos podem ser limitados pelas restrições impostas por diversos países à entrada de brasileiros, por causa da pandemia da Covid-19.
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