O caso do SVB e o controle de duration em portfólios bancários

Em artigo produzido ao Investing.com, o professor Rodrigo Leite, comenta caso do SVB e o controle de duration em portfólios bancários.
Artigo: Prof. Rodrigo Leite

O controle de duration de títulos de renda fixa é uma prática comum no mercado financeiro, especialmente em portfólios bancários. A duration é uma medida de sensibilidade dos preços dos títulos às mudanças nas taxas de juros. Ela leva em consideração o tempo até o vencimento, o valor presente dos fluxos de pagamento de cupons dos títulos e a taxa de juros. Assim, títulos com maior duration são mais sensíveis às mudanças nas taxas de juros do que títulos com menor duration.

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Tendo em vista que os bancos possuem reserva fracionada, ou seja, não possuem caixa em paridade com os depósitos, a possibilidade de um “run on the bank” (corrida ao banco, numa tradução livre, ou seja, as pessoas retirarem seus recursos em massa do banco gerando uma crise de liquidez) gera a necessidade de se ter uma reserva em ativos de alta liquidez e baixo risco, como os títulos públicos.

Uma das técnicas mais comuns de gerenciamento de duration é a combinação de títulos com diferentes durations em um portfólio diversificado. Por exemplo, um banco pode combinar títulos de curto prazo com títulos de longo prazo para atingir uma duration desejada. Isso reduz o risco de exposição a mudanças nas taxas de juros, uma vez que os títulos de curto prazo são menos sensíveis às mudanças nas taxas de juros do que os títulos de longo prazo.

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Esse foi o caso do Silicon Valley Bank, nos Estados Unidos. Eles possuíam títulos com uma duration maior, e quando houve uma demanda maior por liquidez em um espaço menor de tempo, ou seja, quando as retiradas aumentaram em valor, o banco teve de vender esses títulos antecipadamente, gerando perdas na ordem de bilhões de reais.

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