A ideia de criar uma moeda comum para transações comerciais e financeiras entre Brasil e Argentina é um dos principais assuntos da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao país vizinho. A proposta não é nova e foi bastante criticada por opositores, principalmente em razão da crise financeira que atravessa o país governado por Alberto Fernández e que poderia contaminar a economia brasileira.
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Segundo os autores, a experiência brasileira com a Unidade Real de Valor (URV), que serviu como referência na transição do cruzeiro real para o real, poderia subsidiar um paradigma à criação da sur.
A moeda seria emitida por um banco central sul-americano, com uma capitalização inicial feita pelos países-membros, proporcional às suas respectivas participações no comércio regional. “A capitalização seria feita com reservas internacionais dos países e/ou com uma taxa sobre as exportações dos países para fora da região”, escreveram Haddad e Galípolo.
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O ex-ministro voltou a defender a iniciativa em agosto de 2021, durante reunião na Comissão de Relações Exteriores do Senado. “Poderíamos ter uma integração completa e, neste sentido, o Brasil assumiria uma função como a da Alemanha na Europa”, disse. Ainda na ocasião, afirmou que a nova divisa que poderia ser uma das “cinco ou seis moedas relevantes no mundo”.
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A opinião é a mesma de Cláudio de Moraes, professor de macroeconomia e finanças do Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração (Coppead) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “A integração monetária é muito interessante, mas exige uma disciplina fiscal, monetária e uma equivalência entre países muito grande. É o final de um processo, não é o início.”
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Moraes considera que a proposta não deve vingar. “Honestamente eu não acredito que isso vá acontecer, nem avançar além de uma boa intenção.”
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