Puxada por gasolina, inflação sobe 0,12% em julho e 3,99% em 12 meses

Em contribuição ao UOL, o prof. de Renda Fixa, Raphael Moses, comenta sobre o aumento da inflação devida a gasolina.
Contribuição: Prof. Raphael Moses

O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial do país, subiu 0,12% em julho, puxado pela alta nos preços da gasolina. No mês anterior, o Brasil havia registrado deflação de 0,08%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

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Em 2023, inflação acumula alta de 2,99%. A gasolina é o produto com maior impacto nos sete primeiros meses do ano, com alta de 11,64% desde janeiro. O resultado de julho ficou no teto das estimativas do Projeções Broadcast, que iam de queda de 0,08% a alta de 0,12%, com mediana em 0,06%.

Nos últimos 12 meses, o IPCA está em 3,99%. A taxa anual ficou acima dos 3,16% observados nos 12 meses imediatamente anteriores, voltando a superar o centro da meta para 2023 (3,25%). A expectativa atual do mercado é de que a inflação feche 2023 em 4,84%.

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Inflação por grupo

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, cinco tiveram alta no mês de julho:

  • Transportes: 1,5%
  • Despesas pessoais: 0,38%
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,26%
  • Educação: 0,13%
  • Artigos de residência: 0,04%

No lado das quedas, destaque para Habitação (-1,01%) e Alimentação e bebidas (-0,46%). O grupo Vestuário também registrou deflação (-0,24%), enquanto Comunicação ficou estável (0%).

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Apesar dessa alta acima do esperado, a inflação de serviços desacelerou fortemente, o que é um parâmetro muito útil para avaliar a pressão da demanda sobre os preços e é extremamente positivo para a redução da taxa básica de juros. A pressão sobre o BC para reduzir a Selic deve permanecer forte.

Raphael Moses, professor da COPPEAD/UFRJ

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