
O inventário de carbono das empresas começa a ser cada vez mais cobrado por investidores. No Brasil, muitas gestoras de investimentos já procuram medir o impacto ambiental de suas decisões de alocação de recursos. Mas a divulgação dessas informações só começa agora a vir a público, mas ainda timidamente.
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Para Claudio de Moraes, professor de Macroeconomia e Finanças do Coppead/UFRJ, é um movimento que vem ganhando força, visto que o mercado financeiro e os investidores compreenderam que as empresas são responsáveis pelo meio ambiente e a sociedade e isso deve também ser incorporado nas análises.
“É uma tentativa de fazer o capitalismo funcionar melhor e lidar com a grave ameaça representada pelas mudanças climáticas”, aponta. “Uma vez que os consumidores estão mais exigentes, atender às práticas de ESG [ambiental, social e de governança corporativa] tornam as empresas mais responsáveis e preparadas para serem mais eficientes e perenes. Isso tem sido visto como um diferencial para o investidor”, acrescenta o acadêmico.
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Claudio de Moraes, do Coppead/UFRJ, lembra que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ainda não tem um relatório de medição de pegada de carbono obrigatório para as companhias abertas, o que poderia acelerar a adoção e facilitar relatórios como o que a Fama e a Trígona publicam.
“No entanto, está avançando nessa agenda com a introdução de quadros no Formulário de Referência a serem entregues pelas companhias a partir de 2023. Essa previsão consta da Resolução CVM 59”, diz. Lembra ainda que, no Formulário de Referência, as companhias terão a obrigação de apresentar ou justificar as implementações em ESG e Clima em quadros específicos, o que pode ajudar na pressão. A própria Anbima, associação do setor financeiro que rege políticas voluntárias para fundos de investimentos, tem buscado entender o que o mercado entende por práticas ESG e criar critérios e regulações para fundos sustentáveis.
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