Há uma distinção muito clara na literatura de finanças entre risco e incerteza. Risco é tudo que podemos estimar e assim definir o nível que estamos dispostos a assumir. Incerteza vem da definição de Frank Knight e se refere a uma situação em que, por não haver conhecimento prévio, causa surpresa. Knight distingue, portanto, as situações arriscadas (nas quais a distribuição de probabilidades dos casos possíveis é conhecida) das situações incertas (nas quais nem mesmo os casos possíveis são conhecidos).
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Enquanto essa trajetória dos artigos aos manuais não acontece vou tentar nas minhas próximas colunas explicar alguns achados da literatura de macrofinanças. Neste artigo, gostaria de explorar o conceito da prociclicidade e como isso afeta a gestão de riscos. A prociclicidade é um padrão no qual tendências econômicas ou financeiras existentes são amplificadas, levando a ciclos de expansão e contração que se autoalimentam.
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A percepção de risco no mercado financeiro está intimamente ligada à prociclicidade. Quando os investidores estão otimistas e acreditam que os ativos estão seguros e com bom potencial de retorno, a percepção de risco diminui. Isso pode levar a investimentos mais agressivos. Porém, quando ocorre uma mudança súbita na percepção de risco, como durante crises econômicas, os investidores tendem a ficar pessimistas e a aversão ao risco aumenta. Isso pode levar a vendas em massa e quedas acentuadas nos preços dos ativos, intensificando a volatilidade e aprofundando a recessão.
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Girando é um termo informal para explicar o famoso retorno à média, ou seja, quando há subidas e descidas cíclicas. Porém, se houver um longo período de expansão ou recessão ligue o alerta. As finanças tradicionais não serão úteis e será preciso ser uma nova estrategista com visão sistêmica. Neste momento, você precisará mais da teoria dos jogos e análise sistêmica do que de finanças.
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