Os investidores estarão atentos a dados de inflação no Brasil nesta semana, com divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio, que deve trazer o real impacto das chuvas no Rio Grande do Sul.
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Raphael Moses, professor de finanças do COPPEAD/UFRJ, espera que o maior impacto seja do grupo de transportes, diante do aumento da gasolina e das passagens áreas. “É possível que ainda vejamos um impacto no grupo de saúde e cuidados pessoais, devido ao aumento de até 4,5%, autorizado em abril, dos medicamentos”, detalha.
Moses pondera para uma desaceleração do setor de serviços subjacentes e do grupo alimentação e bebidas, o que “teoricamente traria um conforto maior para o Banco Central reduzir a taxa básica de juros do país”.
No entanto, com mercado de trabalho aquecido, o que pode voltar a afetar serviços, e incertezas sobre os impactos das cheias no RS, ainda que boa parte da safra já tivesse sido colhida anteriormente, há chance de dificuldades em termos de logística no transporte de alimentos para o restante do Brasil. “Vale lembrar que o Rio Grande do Sul é o principal produtor de arroz do país”, reforça.
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Moses esclarece que o indicador atual segue acima do centro da meta, porém dentro do teto estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Com cenário incerto, a percepção do professor é de que o BC não deve acelerar cortes, mas tende a diminuir a Selic em no máximo 0,25 ponto percentual.
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