As recentes vitórias da esquerda nas eleições legislativas na França e do Partido Trabalhista no Reino Unido marcaram um momento de transformação no cenário político da Europa. O trunfo progressista nos dois países veio menos de um mês após o fortalecimento da extrema direita nas eleições ao Parlamento Europeu e deu um certo alívio às forças democráticas da região.
No caso francês, a Nova Frente Popular (NFP), coligação de partidos de esquerda, obteve o maior número de cadeiras no parlamento, e o partido de extrema direita Reunião Nacional, de Marine Le Pen, que havia saído na frente no primeiro turno, ficou em terceiro lugar, atrás da coligação do presidente francês Emmanuel Macron, a Ensemble (Juntos).
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Em entrevista à Fórum, a professora Ariane Roder, cientista política do Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppead/UFRJ) e especialista em relações internacionais, explica que “Macron, com problemas de governabilidade, resolveu adotar uma estratégia arriscada e antecipar as eleições legislativas no país, diante do contexto da força apontada pela extrema direita”.
“Após o primeiro turno apontar a vitória da extrema direita, a aliança do centro com a esquerda, superando suas diferenças, foi o caminho encontrado para conter o avanço dessa agenda extremista e conservadora. Os resultados surpreenderam até os mais otimistas”, pontua.
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“O que este movimento eleitoral recente revela sobre o atual cenário político europeu”, observa Ariane Roder, “é uma crescente polarização ideológica que dificulta a governabilidade e as coalizões governistas”.
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