
Artigo: Profª. Paula Chimenti
Outro dia um amigo chegou à minha casa, visivelmente, estressado. Ele havia levado a filha de oito anos ao cinema para assistir a um desenho animado. Ao final da história, duas personagens femininas se beijaram. Ele voltou indignado, falando alto sobre como aquilo era um absurdo. Foi então que minha filha, com 13 anos na época, colocou as mãos em seus ombros, olhou para ele e disse: “Tio, do que você tem medo?”
A pergunta mudou tudo. Ele respirou fundo e começou a falar sobre seus receios: do que não entendia, do que não sabia explicar para a filha, do mundo que mudava diante de seus olhos. A partir daí, conseguimos conversar em outro tom: deixamos o julgamento e fomos para o entendimento.
Essa cena mostra algo essencial: muitas vezes, nossas reações mais intensas não vêm de argumentos racionais, mas de emoções. E entre elas, o medo ocupa um lugar central.
O medo da inteligência artificial
Vivemos algo parecido hoje com a Inteligência Artificial (IA). A emoção predominante quando falamos sobre sua adoção é o medo.
Esse sentimento se manifesta em duas direções opostas:
- Medo de ficar para trás → leva à adoção apressada da IA, sem reflexão crítica sobre benefícios e riscos.
- Medo de ser substituído → leva à negação ou resistência, como se ignorar a tecnologia fosse nos proteger dela.
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