
Uma recomendação do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) pode trazer o horário de verão de volta para a rotina dos brasileiros. A entidade avalia que a medida pode ajudar a garantir a segurança energética e a conter o preço das contas de luz, em um contexto de calor extremo, seca e bandeira vermelha patamar 2 em setembro.
A medida consiste em adiantar os relógios em uma hora durante os meses de primavera e verão, de modo a aproveitar a luz natural e economizar energia elétrica.
O horário de verão foi implementado pela primeira vez no Brasil em 1931 e extinto em 2019, após o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro avaliar que a medida tornou-se pouco efetiva para a economia energética.
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Caso o horário de verão seja levado adiante, empresas geradoras e distribuidoras de energia devem ser impactadas financeiramente, mas de modo limitado, garantiu Ana Neves, especialista em gestão de negócios e fundadora da 2B2B.
De acordo com a especialista, a economia de energia durante o horário de verão girava em torno de 4% a 5% no horário de pico, mas as mudanças nos padrões de consumo e eficiência energética ao longo dos anos reduziram a relevância dessa economia para o setor.
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Já para Gláucia Fernandes, professora da Escola de Negócios da UFRJ, o horário de verão pode pode impactar positivamente as ações das principais empresas do setor.
“A economia gerada pela redução de custos operacionais, como a menor necessidade de acionamento de usinas termelétricas, pode melhorar a margem de lucro dessas empresas, algo que costuma ser visto de forma positiva pelos investidores”, explicou Fernandes.
A professora também ressaltou, porém, a redução do impacto financeiro da medida ao longo dos anos. Segundo ela, em 2017, a economia foi de R$ 145 milhões, um valor significativamente inferior aos R$ 405 milhões registrados em 2013.
“Esse declínio se deve, principalmente, à modernização do setor elétrico, com o avanço das tecnologias de iluminação mais eficientes, como lâmpadas de LED, além de mudanças nos padrões de consumo de energia da população, que reduzem a dependência da medida para economizar energia”, afirmou Glaúcia.
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