
Muito se tem falado sobre tornar o mundo um lugar melhor a partir da mudança das práticas corporativas, especialmente buscando sustentabilidade, inclusão e melhorando a governança. Enquanto isso, uma outra prática emerge de forma quase invisível, que pode colocar qualquer chance de algo melhor a perder: as dinâmicas “vencedor-leva-tudo”.
As dinâmicas “vencedor-leva-tudo” (ou WTA, do inglês winner-take-all) ocorrem em mercados mediados por plataformas por razões estruturais destes mercados, que tem a ver com a força dos efeitos de rede. Plataformas são organizações que conectam grupos distintos de clientes. Já os efeitos de rede significam que o valor dessas plataformas para cada um
(…)
Os efeitos de rede levam a crescimentos exponenciais para os vencedores e derrotas acachapantes para os perdedores porque, uma vez que fique claro qual será a plataforma vencedora, todos migram para ela. A consequência prática disso são mercados em que o vencedor detém 90% do share e os concorrentes não chegam a 10%.
Os governos tentam há alguns anos, sem sucesso, regular esse tipo de mercado. E não estou tratando aqui de regulação sobre conteúdo, nem sobre liberdade de expressão (que dão um outro artigo sobre um outro debate). Trato aqui das práticas tradicionalmente utilizadas para impedir monopólios ou oligopólios, que falham ao lidar com os efeitos de rede.
(…)
Acesse o artigo na íntegra clicando aqui.
Veja todas as nossas notícias clicando aqui.