Tecnologias emergentes podem ajudar a reduzir fila para transplante de rins

Contribuição: Profª. Claudia Araujo & Bruno Fernandes

De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia, a doença renal crônica afeta mais de 20 milhões de pessoas no Brasil, ou seja, em torno de 10% da população do País. Destas, há mais de 172 mil em diálise, sendo 79% atendidas pelo SUS. O Rio de Janeiro é um dos estados que teve maior prevalência de pacientes em diálise em 2021, com cerca de 17 mil pacientes em tratamento, dos quais cerca de 90% não estão na fila de transplante.

Uma pesquisa conduzida no Instituto Coppead de Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppead/UFRJ) pretende auxiliar pacientes renais a terem acesso à fila de transplantes e diminuir a espera por um rim doado no Rio de Janeiro. Dados do Ministério da Saúde indicam que, atualmente, cerca de 78 mil pessoas estão na fila de espera por doação de órgãos e tecidos no Brasil, com maior demanda para rim (42.838), córnea (32.349) e fígado (2.387) em 2024. No estado do Rio de Janeiro, cerca de 7,5 mil pacientes aguardam por transplante, sendo 5,1 mil para córnea, 2,2 mil para rim e 151 para fígado.

“Nosso objetivo é ajudar quem precisa de transplante de rim e promover melhor qualidade de vida a esses doentes renais”, explica Bruno Fernandes, doutor em Administração pelo Coppead, que contou com bolsa de Pós-Doutorado Nota 10 da FAPERJ para realizar sua pesquisa. Em sua opinião, as tecnologias emergentes — especialmente a Inteligência Artificial (IA), que tanto tem contribuído para o progresso da ciência — podem “fazer a fila andar”. O objetivo, segundo ele, é identificar os gargalos e as oportunidades de melhoria destes processos de doação-transplante, muitas vezes caracterizados por uma gestão manual e fragmentada dos dados dos pacientes e doadores, dificultando o acompanhamento, a atualização e a correspondência efetiva entre os envolvidos.

O pesquisador, que é orientado pela professora e pesquisadora da Coppead e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Claudia Araujo, Cientista do Nosso Estado da FAPERJ, iniciou o mapeamento de todo o caminho percorrido pelos pacientes renais para serem incluídos na lista de espera, e o processo de doação-transplante de rins no estado. Dessa forma, poderá identificar gargalos e caminhos para a melhoria dos processos. “O entendimento dos incentivos econômicos é fundamental para redesenhar o processo”, afirma Bruno, lembrando que o transplante é mais custo-efetivo do que a manutenção dos pacientes cerca de três vezes por semana na diálise.

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