Queda da Selic vai impactar o consumidor de seguros?

Em contribuição ao InfoMoney, o professor Rodrigo Leite explica o impacto aos consumidores de seguros mediante queda da Selic.
Contribuição: Prof. Rodrigo Leite

redução de 0,5 ponto porcentual na Selic, anunciada na quarta-feira (2) pelo Copom, marca o início do ciclo de cortes na taxa, mas não deve ter um impacto imediato e relevante ao consumidor de seguros.

“Das componentes do preço do seguro (risco, despesas administrativas, despesas comerciais, tributos e lucro), a única que está relacionada à taxa de juros é o lucro (montante necessário para remunerar o capital do acionista). Com a queda da taxa de juros, o custo do capital também cai, mas continua elevado”, explica Alexandre Leal, Diretor Técnico e de Estudos da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg).

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Rodrigo Leite, professor de Finanças e Controle Gerencial do COPPEAD/UFRJ (Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro), concorda que o impacto inicial da queda da Selic para o consumidor deve ser muito pequeno.

Porém, o cenário pode ficar mais atrativo na medida em que a taxa for caindo ao longo dos próximos meses. “No longo prazo, com as quedas se mantendo, vai diminuir o custo do seguro, porque diminui o custo para as seguradoras, já que diminui o custo do dinheiro. Todo o modelo, quando você estima o sinistro (o pagamento do prêmio pelo consumidor), tem que contabilizar o valor do dinheiro também”, observa Leite.

Na análise do professor, quanto “mais arriscado” é o seguro contratado pelo consumidor, maior será o impacto, porque quanto maior o risco mais caro ele fica. Por exemplo: um seguro de vida para um jovem é menos arriscado do que um seguro de automóvel.

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“Podemos entender isso como sendo ações, e também para fundos que têm uma participação muito grande de títulos longos, que têm uma taxa de juro pré-fixado, com prazos mais longos. Acho que vai ter uma migração natural para esse tipo de investimento em previdência e vai impactar positivamente. As pessoas vão estar mais dispostas a investir, seja pela rentabilidade, seja pela disponibilidade de recursos” pontua.

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