
Enquanto o investidor brasileiro se concentra nas decisões do Comitê de Política Monetária (Copom), nas sinalizações de Brasília e nas oscilações da inflação doméstica, existe um outro foco de volatilidade que deve ser observado por ele. Trata-se da manutenção dos juros elevados nos Estados Unidos, algo que, mesmo à distância, tem um impacto direto e crescente sobre o câmbio, os investimentos e a estabilidade dos mercados emergentes.
A manutenção de juros altos na economia americana corrói o diferencial de juros entre o Brasil e os EUA, o que limita a habilidade do COPOM em reduzir os juros de forma significativa. Além disso, as altas taxas de juros americanas pressionam o custo de financiamento externo de empresas brasileiras e reduz a atratividade dos nossos ativos.
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O impacto da volatilidade do dólar não é uniforme. Empresas com dívida em moeda estrangeira sem proteção (hedge) sentem rapidamente a pressão no custo financeiro. Ao mesmo tempo, setores exportadores — como papel e celulose, agronegócio e mineração — tendem a se beneficiar no curto prazo.
No entanto, mesmo para esses setores que tendem a se beneficiar no curto prazo, a volatilidade cambial também possui aspectos negativos. Ela gera incerteza, dificulta o planejamento de investimentos e pode reduzir a eficiência de operações de hedge, além de afetar a percepção de risco dos investidores institucionais. A própria B3 (BVMF:B3SA3) sofre: o fluxo de capital estrangeiro é altamente sensível à estabilidade cambial.
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