
Na coluna deste mês, busco debater o rumo do país frente a um ciclo que parece interminável de alta da taxa básica de juros e à incerteza fiscal que persiste desde o início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Apesar do ambiente macroeconômico desafiador, o Brasil apresenta contrapesos relevantes: o mercado de trabalho segue resiliente, com taxa de desemprego em mínimas históricas e crescimento real da massa salarial; o setor externo mantém superávits comerciais expressivos; e as reservas internacionais continuam elevadas, assegurando liquidez e com alguma proteção frente a choques externos.
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Um dos aspectos menos discutidos, mas fundamentais para entender os dilemas da política econômica brasileira, é o perfil da dívida pública. Diferentemente do que ocorre em economias avançadas — onde a maior parte da dívida é emitida a taxas prefixadas de longo prazo — o Brasil carrega uma composição fortemente concentrada em papéis indexados à Selic. Hoje, quase metade da dívida interna está atrelada à taxa básica, o que significa que qualquer aperto monetário impacta diretamente o custo da dívida e amplia o déficit nominal. Essa característica torna o país particularmente vulnerável a ciclos de alta de juros.
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