
Um tema que tem orientado minha pesquisa recente é o papel da transparência adotada pelos formuladores de políticas públicas — os policymakers — e seu impacto na sociedade. Transparência é um instrumento fundamental para corrigir falhas de mercado, sobretudo a assimetria de informação, que descoordena agentes econômicos e dificulta a convergência para o bem-estar coletivo. Isso é particularmente visível quando se trata da crise climática. Apesar da crescente conscientização, ainda é comum vermos compromissos vagos ou informações inconsistentes que enfraquecem a capacidade da sociedade de cobrar mudanças efetivas. A divulgação rigorosa de informações sobre riscos e ações ambientais pode, nesse contexto, funcionar como sinalização estratégica, impulsionando a coordenação dos agentes e fortalecendo a disciplina de mercado.
Foi com esse pano de fundo que, junto à pesquisadora Carolina Lema, do COPPEAD, mergulhei no estudo da transparência socioambiental dos bancos centrais — uma frente de pesquisa ainda pouco explorada, mas com implicações relevantes para a sustentabilidade do sistema financeiro (o artigo ainda não está finalizado).
(…)
Para mensurar esse fenômeno de forma objetiva, desenvolvemos o Climate and Sustainability Transparency Index (CSTI), que avalia doze dimensões de transparência, como a publicação de relatórios climáticos, a existência de comitês internos sobre sustentabilidade e a integração de riscos climáticos em decisões de política monetária e operações de mercado aberto. Foram analisados 44 bancos centrais com base em informações dos anos de 2021 a 2023.
(…)
Acesse o artigo na íntegra clicando aqui.
Veja todas as nossas outras notícias clicando aqui.