
A revolução industrial trouxe inovações que moldaram o mundo moderno. As grandes cidades floresceram como símbolos de progresso e o petróleo prometeu liberdade sobre rodas. A fumaça das chaminés, aparentemente inofensiva, dispersava-se no ar, enquanto prevalecia a crença de que a natureza absorveria pacientemente cada tonelada de gás liberada. No entanto, ao buscar prosperidade e conforto, inauguramos uma nova era geológica: a era do carbono. O acúmulo do carbono na atmosfera nos obriga a olhar a contabilidade climática, que nos revela o problema que precisamos enfrentar.
Assim como na contabilidade financeira, em que cada débito é compensado por um crédito, a contabilidade climática oferece uma nova perspectiva sobre o crescimento econômico. Durante séculos, ativos naturais como florestas e ecossistemas foram ignorados nas métricas econômicas, mas, como sumidouros de carbono, esses ativos funcionam como “créditos” climáticos, compensando parte das emissões humanas.
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A natureza tem um extraordinário poder de recuperação e a expansão das florestas oferece benefícios tanto econômicos quanto climáticos. Além de sequestrar carbono e mitigar o efeito estufa, as florestas asseguram estabilidade hídrica, fertilidade do solo e sustentabilidade agrícola. Elas também impulsionam empregos verdes, atraem investimentos sustentáveis e geram crescimento por meio de produtos não madeireiros e ecoturismo.
Projetos de restauração florestal têm o potencial de remover até 6 bilhões de toneladas de CO₂ por ano, se implementados em uma área de 6 a 7 milhões de km² de florestas. Embora tecnologias de captura de carbono possam complementar esses esforços, seus custos elevados — entre 200 e 500 dólares por tonelada — reforçam a importância de priorizar soluções baseadas na natureza.
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