Portal: Jornal Lance
Data: 27/01/2020
O patrocínio polêmico da Havan arranha a imagem e a história do Vasco? Especialistas comentam
Profissionais de marketing da UFRJ e da PUC-Rio ponderam a presença da logomarca da loja de departamentos nas mangas da camisa do Cruz-Maltino. Ex-dirigente explica processo
O jogo do último sábado, contra o Boavista, foi a terceira vez em que as letras garrafais da logomarca da Havan ocuparam o espaço das mangas das camisas do Vasco. O patrocínio da loja de departamentos e a parceria financeira – de até R$ 3,5 milhões, de acordo com apuração do LANCE! – causaram e seguem causando debates entre torcedores cruz-maltinos. E a discussão se dá também no campo do marketing.
Victor Almeida, professor de marketing e negócios, este do Coppead/Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), pondera os dois lados da moeda. Considera uma face problemática, mas outra necessária para o clube de São Januário.
– Temos que olhar as duas dimensões. Simbolicamente tem problema? Tem. Vai causar certo desconforto nos apoiadores do Vasco. Naqueles que não estão de acordo com os valores promovidos pelo Hang, que é a ponta do iceberg da Havan. O apoiador pode nunca ter entrado (no governo), mas, ao fazer a conexão, vai gerar desconforto – ponderou, também ao LANCE!, antes de concluir:
– Na dimensão econômica, está tudo perfeito porque o Vasco precisa de dinheiro. Amigo do Vasco é aquele que bota dinheiro na mão do Vasco. Sabemos, academicamente, que os resultados desportivos têm alta correlação com o desempenho econômico. Isso cria um círculo virtuoso do dinheiro e do resultado no campo. Se você não tem dinheiro, não tem resultado e nem tem novo patrocínio. É um motor incontestável. Precisa-se do recurso para que aconteça. Esse é o motor que vale – entende Victor.
‘A Havan não vai conseguir transferir valores negativos para a marca do Vasco. Porque a do Vasco tem trajetória muito grande e muito sólida’, Victor Almeida, especialista em marketing do Coppead/UFRJ
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