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Bolsa deve repercutir fala de Bolsonaro sobre PEC emergencial e “volta” de Lula
O mercado deve manter as atenções nos próximos movimentos do ex-presidente Lula, que voltou a ter seus direitos políticos, com o exterior de olho no pacote de estímulos
Certa vez, neste mesmo espaço, cheguei a comparar o noticiário do dia com uma luta de sumô. Pois bem, hoje acredito que está mais próximo do judô, onde um oponente tenta literalmente jogar o outro no chão. Se ele cair de costas no chão, é considerado ippon, e a luta termina.
Acredito que nem você, nem ninguém estava preparado para o ippon de ontem. Na parte da tarde, o ministro do Superior Tribunal Eleitoral (STF) Edson Fachin anulou todas as decisões tomadas pela 13ª Vara Federal de Curitiba que envolviam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Lava Jato.
Na prática, isso devolve os direitos políticos do ex-presidente, o que inclui estar apto para concorrer à eleição de 2022. Isso gerou uma onda de emoções no mercado, que precificou a volta do principal candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) ao jogo político e fez a bolsa cair mais de 3% no pregão de ontem.
Para Carlos Heitor Campani, professor de finanças da Coppead, essa decisão vem em um momento de crise política e gera muita especulação para o futuro das reformas. Ele teme que as energias voltadas para a polarização acabem contaminando o clima do Congresso e transformem as discussões em jogos de interesse entre os candidatos, tirando o foco das necessidades do país.
Assessoria de Comunicação: Contextual
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