Margarida Gutierrez concede entrevista ao jornal O Globo sobre desequilíbrio nas contas públicas do País

Portal: O Globo
Data: 25/10/2020

 

Com desequilíbrio nas contas públicas, Brasil precisa rolar dívidas de R$ 3,17 trilhões em um ano

Pandemia aumentou distância entre despesas e arrecadação. País terá de refinanciar o equivalente a 44% do PIB

 

A questão fiscal do Brasil já gera efeitos tanto de curto como de longo prazos, chegando à economia real.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) aponta que a dívida do país vai superar, ainda neste ano, 100% do PIB, em patamar comparável ao da Grécia em 2007, antes de sua crise.

O Brasil precisa rolar, em até 12 meses, o equivalente a 44,1% de seu Produto Interno Bruto (PIB), segundo contas da economista Margarida Gutierrez, professora da Coppead/UFRJ. Significa um esforço financeiro inédito de R$ 3,17 trilhões:

— O fato de a dívida pública estar em 100% do PIB não é um problema em si. O problema é a projeção dela, que não parece controlada — diz ela.

A professora da UFRJ soma a dívida que vence em até 12 meses, que equivale a 34,1% do PIB, com a estimativa de déficit das contas públicas de 10% do PIB no período, que ela considera “conservadora”:

— Isso obriga o Tesouro a ir ao mercado o tempo todo. Mas a que condições? Com juros futuros crescendo? Podemos ter um colapso das contas.

O FMI estima que o país deve fechar o ano com a dívida a 101,4% do PIB. Nas contas do governo e da agência Moody´s, com outras metodologias, isso vai a 95%. Mas, nas duas previsões, o endividamento está aumentando.

 

Assessoria de Comunicação: Contextual

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